O promotor de justiça e titular da Promotoria de Amapá, Hélio Furtado, o fazendeiro Francisco Canindé, esposo da prefeita eleita de Amapá, Kelly Lobato, foi o mandante do crime que vitimou o idoso Antônio Candeia Oliveira, 80 anos, conhecido como “Maranhão”.
Para o Ministério Público o crime foi premeditado, demonstrado pelo fato de que os envolvidos deliberadamente arquitetaram estratégias para matar a vítima.
Francisco Canindé teria levado o assassino, Antônio Carlos Araújo, ao local do fato, e permanecido junto com ele no momento do crime, aprovando a ação de seu homem de confiança, popularmente chamado de “Capanga”.
O entendimento do promotor corrobora entendimento já manifestado pelo delegado responsável pelo caso. Para o delegado, Stephano Dagher, há indícios de que o crime foi planejado para parecer legítima defesa.
“Chegaram filmando para construir a narrativa de legítima defesa. É evidente que tudo foi premeditado para forçar uma reação do idoso”, declarou Dagher ainda durante a faze inicial do inquérito.
O caso tem a ver com disputa por terra envolvendo diretamente a vítima Antônio Candeia Oliveira e o esposo da prefeita, empresário Francisco Canindé. Segundo as investigações Antônio Candeia não aceitava o valor pago por Canindé, referente a venda de uma fazenda. No dia do crime a Vítima se encontrava na fazenda quando Canindé chegou acompanhado de outras quatro pessoas e, após uma breve discussão, Candeia foi morto por cinco disparos de arma de fogo, todos feitos pelo militar aposentado, Antônio Carlos Araújo.
Ainda segundo informações policiais a disputa por terras, que resultou na morte de Antônio Candeia, se arrasta desde 2019. “A vítima teria entrado judicialmente pedindo a posse da terra, mas esse pedido foi indeferido pelo juiz da comarca de Amapá”, afirmou Ruben Neves, diretor do Departamento de Polícia do interior.
Mesmo com a decisão as partes mantiveram a disputa pela terra que acabou resultando no assassinato.