A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) iniciou em novembro de 2024, uma ação para enfrentar a vulnerabilidade alimentar das comunidades indígenas das terras indígenas Uaçá, Juminã e Galibi, localizadas no município de Oiapoque, no Amapá.
A ação, que beneficiou cerca de 2.200 famílias e aproximadamente 8.700 indígenas das comunidades Açaizal, Encruzo, Jõdef, Pakapuá, Paramuaká, Flecha, e outras, foi motivada por um colapso na produção de mandioca, causado por uma grave crise fitossanitária que afeta as plantações locais, comprometendo a principal fonte de alimento e renda dessas populações.
A mandioca e seus derivados, como a farinha, são fundamentais para a dieta tradicional dos povos indígenas da região e têm grande relevância econômica, sendo o principal produto de comercialização local.
A crise na mandioca gerou uma grave insegurança alimentar, afetando as condições de vida e a economia das comunidades Karipuna, Palikur, Galibi Marworno e Galibi Kalinã.
A falta de mandioca e seus subprodutos, essenciais para a subsistência, não só prejudicou a alimentação, mas também comprometeu aspectos culturais, uma vez que a produção de mandioca faz parte das práticas agrícolas tradicionais e da organização social das comunidades.
A ação promovida pela Funai, em parceria com a Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (SEPI) e a Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (SIMS) do Governo do Estado do Amapá, teve como objetivo apoiar as famílias afetadas com a distribuição de cestas básicas contendo alimentos essenciais.
A iniciativa também contou com o apoio logístico da Funai, que organizou o transporte das cestas para as aldeias, com a contribuição de servidores na orientação e entrega.
Além de aliviar a insegurança alimentar, a ação visa minimizar o impacto da crise fitossanitária na cultura e no modo de vida indígena, essencialmente ligado à produção de mandioca.
A Funai, em parceria com o Governo do Estado do Amapá, está comprometida em continuar o apoio às comunidades afetadas, garantindo a segurança alimentar e o bem-estar dessas populações. O apoio não se limita ao momento atual.
As conversas entre a Funai, o Governo do Estado e as comunidades afetadas continuarão, com a perspectiva de dar continuidade ao apoio no ano de 2025, iniciando em janeiro, de modo a garantir a recuperação da produção de mandioca e a sustentabilidade das comunidades indígenas da região.
