quinta-feira, maio 1, 2025
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Governador Clécio Luís revela não ter diálogo com prefeito Furlan

Durante entrevista concedida à TV Amapá, afiliada da Rede Amazônica no estado, o governador Clécio Luís (Solidariedade) deu a entender que não há diálogo entre ele e o prefeito da capital, Antônio Furlan (MDB).

Clécio disse que busca entendimento para tratar de convênios que precisam ser utilizados, mas declarou ser preciso diálogo entre os dois e que o prefeito precisa querer.

Em se tratando de um estado com pouco maios de 700 mil habitantes,  onde quase 60% da população está concentrada na capital, a declaração gerou certa perplexidade.

Estado e município enfrentam graves problema nas áreas de segurança, saúde e educação. Dados do Governo Federal apontam o estado e o município no topo do ranking do mapa da violência.  Segundo investigações dos órgãos de segurança pública,  facções criminosas do centro sul do país se instalaram no estado, assumindo o controle do tráfico de drogas e armas.

Durante as eleições que encerraram no ultimo domingo (06), a Polícia Federal (PF) identificou ao menos três candidatos a vereador nos municípios de Macapá e Oiapoque, ligados a grupos criminosos. Tais candidatos teriam as campanhas financiadas por traficantes.

ELEIÇÕES

O resultado das urnas colocou Furlan na cola de Clécio, como forte candidato ao governo em 2026.

Caso nenhum fato relevante e de grande repercussão política negativa aconteça na gestão do prefeito reeleito de Macapá, Dr, Furlan (MDB), o gestor municipal será o grande adversário do governador.

Em tempos de polarização e eleições acirradas entre petistas e bolsonaristas, a cidade de Macapá viveu uma realidade diferente. Mesmo sem formar uma grande aliança, Furlan foi reeleito com 85,07% dos votos.

Além dos quadros do próprio MDB, Furlam teve como aliados o PSB do ex-governador Capiberibe e o PSD do senador Lucas Barreto. Ainda que não oficialmente, o prefeito teria ainda contado com apoio de uma ala descontente do PDT, partido do ex-governador Waldez Góes, atual ministro do governo Lula.

O PDT é aliado do governador Clécio Luís que apoiou o candidato do Psol, Paulo Lemos, porém, devido a disputa por espaço no governo, os pedetistas descontentes teriam apoiado Furlan.

O emedebista foi reeleito em primeiro turno com larga vantagem dos demais candidatos — maior entre as capitais de todo o país. Quem mais se aproximou foi o prefeito de Maceió, capital de Alagoas — João Henrique Caldas, conhecido como JHC (PL), reeleito com 83% dos votos.

Se candidato ao governo em 2026, Furlan tem dois anos pela frente, com o desafio de manter a popularidade em alta e evitar tropeços que possam gerar desgaste político.

Na outra ponta, o atual governador Clécio Luís também terá o mesmo desafio. Pesquisas indicam que cerca de 60% da população aprova o atual governo.

Além da boa avaliação, o governador integra hoje o maior grupo político do estado, formado pelos senadores Davi Alcolumbre (União Brasil), Ranfofe Rodrigues (PT) e o ex-governador Waldez Góes (PDT).

Aliado o governo federal, Clécio tem tido bom transito em Brasília e a possível eleição de Davi Alcolumbre para, novamente, presidir o senado,  poderá facilitar ainda mais a busca por recursos.

Caso o prefeito e governador decidam sentar e discutir os graves problemas do estado e da capital, quem primeiro sai ganhando é a população amapaense.

 

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