A Petrobras enviou, nesta quarta-feira (30), uma carta ao Ibama, pedindo autorização para iniciar os preparativos de deslocamento da sonda designada para a perfuração na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. No documento, a companhia pede que o Ibama se manifeste até 15 de maio. A informação é do Valor Econômico.
Segundo a reportagem, a Petrobras informou, na mesma carta, que a sonda chegou à Baía de Guanabara, no Rio, em 19 de abril, para iniciar o processo de limpeza, como foi aprovado pelo Ibama em 10 de março. A companhia precisa retirar o Coral-Sol do casco do navio, uma espécie exótica nativa do fundo do mar e considerada invasora.
O Valor Econômico procurou o Ibama, mas obteve resposta.
Uma das etapas necessárias para a aprovação da licença ambiental da companhia é a avaliação pré-operacional (APO), uma simulação de vazamento de óleo na região a ser explorada para que a petroleira comprove capacidade de reagir a eventuais acidentes. Para isso, a sonda a ser utilizada na atividade deve estar na região, que neste caso é a Foz do Amazonas.
Na carta da Petrobras, registrada no sistema do Ibama nesta quarta-feira, a petroleira também reitera o pedido para que o órgão ambiental realize a vistoria na unidade de proteção à fauna em Oiapoque (AP).

A construção da unidade foi uma das solicitações do Ibama para a Petrobras dentro do processo de licenciamento. A companhia já havia construído outro centro de proteção aos animais em Belém (PA), mas o órgão ambiental considerou a necessidade de estar mais próximo do local da atividade exploratória.