A Petrobras sinalizou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que está disposta a construir uma base de atendimento a emergências mais próxima da área conhecida como Margem Equatorial. Esse era, segundo apurou o site Poder360, o maior entrave para licença do órgão para a exploração no local.
Documentos protocolados pela estatal indicam que a companhia poderia construir uma base marítima no Oiapoque, a 170 km do bloco FZA-M-59, localizado na chamada bacia da Foz do Amazonas. Na versão anterior, a única estrutura do tipo para barcos planejada era em Belém (PA), a mais de 500 km dos poços.
Agora, a avaliação dentro do Ibama é que o processo depende muito mais da estatal do que da entidade ambiental.
Na prática, há a expectativa de que o processo de licenciamento enfim destrave e o instituto dê sinal verde às perfurações. Depende da empresa, entretanto, seguir com a apresentação desses novos planos.
Os planos de emergência e o PPAF (Plano de Proteção à Fauna) eram os principais pontos vistos pelo Ibama como problemáticos no processo e contribuíram para a negativa do aval para exploração em maio de 2023. O órgão ambiental considerava os planejamentos de contingência frágeis diante dos riscos.
O entendimento do Ibama era de que, em eventual vazamento de óleo, a Petrobras demoraria muito para mitigar os danos por só ter uma base de apoio marítima em Belém. Seria preciso isolar a área com boias e resgatar animais, por exemplo, o que precisa ser feito de barco.
No plano anterior, a estatal até planejava uma base no Oiapoque, mas só para helicópteros.
(Poder 360 – 24.08)