O Brasil registrou neste ano uma piora na qualidade das suas praias e atingiu o menor patamar de trechos próprios para banho durante o ano inteiro desde 2016, aponta levantamento da Folha de S.Paulo.
Levando em conta as 861 praias que tiveram a sua balneabilidade medida em todos os anos de 2016 a 2019 e de 2021 a 2024, apenas 258 estiveram próprias durante todas as medições deste ano e, por isso, são consideradas boas.
Foram apurados dados das praias de 14 estados no período de 12 meses entre novembro de 2022 e outubro de 2023. As praias do Amapá, Piauí e Pará ficaram de fora porque não medem a qualidade da água.
Nadar em áreas impróprias pode causar problemas de saúde, sobretudo doenças gastrointestinais ou de pele, como micoses. Outros focos de contaminação, como a presença de lixo e óleo no mar, que não são considerados nesta análise.
De todos os 1.361 pontos do litoral brasileiro que disponibilizaram dados sobre balneabilidade em 2024, só 416 foram considerados bons o ano todo (30,6%). Outros 447 foram avaliados como ruins ou péssimos (32,8%) e 416 regulares (30,6%). Há ainda 82 pontos sem medição (6%).
A reportagem seguiu normas federais no levantamento. Um trecho é considerado próprio se não tiver registrado mais de 1.000 coliformes fecais para cada 100 ml de água na semana de análise e nas quatro anteriores.
Em 2016, quando os dados de balneabilidade começaram a ser compilados pela Folha de S.Paulo, 384 dessas mesmas praias foram classificadas como boas, ou seja, tiveram apenas classificações próprias durante o ano.